terça-feira, 14 de maio de 2013

ESPÉCIES EM EXTINÇÃO - Biologia - Trabalho Escolar



ESPÉCIES EM EXTINÇÃO

A defesa das espécies ameaçadas de extinção deu origem ao World Wildlife Fund (Fundo Mundial para a Vida Selvagem), cujo símbolo é o panda-gigante, gracioso animal que só subsiste, em pequeno número, em algumas florestas do Himalaia e em jardins zoológicos.
Espécie ameaçada de extinção é aquela (1) cujo número de exemplares diminui a ponto de pôr em risco sua sobrevivência; (2) capaz de ser prejudicada por espécie exótica e de aparecimento recente, predadora ou competidora, sobretudo nos casos de baixo potencial reprodutivo ou alimentação especializada; (3) cujo habitat está em processo de destruição ou modificação brusca, a ponto de não poder manter uma população que garanta a continuidade da espécie.
A extinção de espécies vivas é fenômeno inerente à própria natureza da vida terrestre e, como tal, ocorreu em todos os tempos, por motivos diversos. O desaparecimento dos dinossauros na era cenozóica, em virtude de alguma catástrofe ainda não esclarecida, foi o primeiro grande fato desse tipo que despertou o interesse dos estudiosos. Fósseis encontrados em muitos lugares do planeta revelam a destruição, em épocas posteriores, de jacarés e preguiças descomunais, de antepassados do tatu, do cavalo, do elefante (como o mastodonte e o mamute, que não ultrapassaram o período quaternário) ou de felinos como o tigre-dentes-de-sabre.
Uma distinção decisiva para o correto entendimento da extinção é chegar à causa mais determinante do fenômeno. Tanto animais como plantas pré-históricas de que só restaram esqueletos ou troncos petrificados foram vítimas, na maior parte, de calamidades naturais, alterações climáticas e outras mudanças inevitáveis a que as características ou o potencial adaptativo de tais espécies não resistiram. O traço peculiar assumido pelo problema nos tempos históricos é ter-se tornado a espécie humana o fator fundamental de desequilíbrio e de extermínio.
São ilustrativos os casos de espécies animais inteiramente extintas nos últimos quatro séculos, como conseqüência óbvia da invenção e aperfeiçoamento das armas de fogo e seus efeitos: menciona-se com freqüência o dodo, grande ave columbiforme que só existia na ilha Maurício e foi exterminada no final do século XVII pelos europeus. No século XIX, várias espécies ou subespécies de antílopes e outras famílias de mamíferos da África não resistiram à intervenção européia, assim como o bisão americano foi quase completamente dizimado pelo avanço dos pioneiros.


Causas e soluções. A degradação do meio ambiente, em geral expressa pelo desflorestamento resultante da agropecuária extensiva e irracional, é uma das causas básicas da destruição ou ameaça de extinção de dezenas de espécies da fauna e flora. Outra causa importante são os altos lucros advindos, por exemplo,  da comercialização do marfim de elefantes, das penas coloridas de numerosas aves ou do chifre de rinocerontes - a que se imputam propriedades mágicas de cura. A explosão demográfica é outro fator de relevo em países do Terceiro Mundo, especialmente a Índia, em que se destrói rapidamente o habitat do tigre e de sua presa principal, o antílope sambar.
Em vista da difícil situação de muitas das espécies ameaçadas, as organizações de conservação da natureza elaboraram uma lista dos animais submetidos a sério risco de extinção. Encontram-se entre estes o alce-anão da Califórnia, a baleia-azul (a maior de todas as espécies vivas), a chinchila, o iaque-selvagem, o leão-asiático, o leopardo-da-anatólia, o lince-da-espanha, o órix-da-arábia, o panda-gigante, o rinoceronte-de-java, o tigre-da-sibéria (o maior de todos os felídeos), o faisão-imperial, o grou-americano e o esturjão-de-cabeça-chata.
As campanhas pela preservação dessas e de muitas outras espécies, lançam mão de variados recursos educativos e, nos casos extremos, de providências imediatas como a criação de espécimes em cativeiro, com a intenção de devolvê-las depois a seus próprios habitats. Já se alcançaram resultados substanciais e verifica-se progresso indiscutível nas técnicas desenvolvidas nesse tipo de trabalho.


Espécies brasileiras. Sob um acelerado processo de degradação ambiental, quer no que ainda possui da mata atlântica, quer na vasta planície amazônica, o Brasil começou a tomar consciência, nas últimas décadas do século XX, da ameaça crescente sobre a vida animal e vegetal em seu território. Algumas espécies de sua fauna despertaram preocupações e medidas internacionais, como o mico-leão-de-cara-dourada, de que se criaram em cativeiro nos Estados Unidos diversos exemplares, mais tarde reintroduzidos no habitat original com cuidados especiais.
Cabe ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) a fiscalização das reservas ecológicas e parques nacionais, assim como o controle das atividades de caça e pesca e a repressão ao comércio ilegal de animais ou plantas ameaçadas. Além da instituição oficial, grande número de organizações não-governamentais se ocupa da preservação das espécies em risco e de seus habitats. Entre os animais e plantas brasileiros ameaçados de extinção sobressaem, entre os mamíferos, o muriqui ou mono-carvoeiro, três espécies de mico-leão e duas de uacari, o lobo-guará, a ariranha, a lontra, duas espécies de cachorro-do-mato e o veado-campeiro; entre as aves, o macuco, a harpia ou gavião-real, a ararinha azul, o papagaio-do-peito-roxo e pelo menos quatro espécies de beija-flor; entre as plantas, no meio de 13 listadas, o gênero Laelia, de orquídeas, era um dos mais atingidos.

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